Caríssimos,
Nos últimos meses temos visto diversos episódios, ditos artísticos, que têm chocado, provocado e questionado conceitos e valores que são bastante caros à sociedade e à vida humana.
Certa vez assisti uma entrevista do grande poeta, escritor e dramaturgo brasileiro Ariano Suassuna, onde ele falava da leitura de um artigo de jornal, onde o jornalista que o havia escrito qualificava o guitarrista Chimbinha, da Banda Calypso, como "genial". Ariano, dizia: "Eu sou um escritor brasileiro, meu material de trabalho é a língua portuguesa... se eu uso o adjetivo 'genial' com o Chimbinha o que é que vou dizer de Beethoven?"
Se nos apoiarmos em ombros de gigantes (neste caso, se nos basearmos em Ariano Suassuna...), começamos a questionar algumas manifestações e performances ditas artísticas que temos assistido nos últimos tempos...
Se qualifico como música os medíocres escritos e acordes produzidos pelo funkeiro MC G15, o que direi de Bach, Mozart, Elton John, Beatles, B. B. King, Tom e Vinícius, Djavan, dentre outros?
Se as novelas da Rede Globo, Malhação inclusive, são obras-primas da dramaturgia, que adjetivo restará para Shakespeare, Beckett, Goethe, Cervantes, Suassuna?
A Arte, dentre outras coisas, representa a riqueza cultural produzida por um povo. Ora, se essa 'arte' que estão mostrando representa a nossa riqueza cultural, fica evidente que estamos pobríssimos, ou mesmo, despossuídos culturalmente.
Essa arte que estão mostrando é como nadar no rio Tietê tendo à disposição as paradisíacas praias de Fernando de Noronha. Estamos nos nivelando por baixo... e muito baixo... E é ainda mais triste, pois, o poço lamacento onde querem jogar-nos parece que pode ser escavado ainda mais. Ou seja, ainda não chegamos ao final da sujeira putrefata...
Eu pensava que os tempos modernos, com o advento da tecnologia e com o acesso à informação, elevaria a sociedade humana a uma novo patamar cultural: riquíssimo, plural, fecundo, efervescente socialmente falando, interativo, gregário, tolerante e de paz. Ledo engano... Temos assistido uma sociedade que, levada por minorias, se esfacela, se decompõe, se implode.
Como o cachorro que morde a mão daquele que o alimenta, vejo uma parte idiotizada da sociedade deixar-se levar por teorias e ideologias que comprometem a própria existência humana.
São João Paulo II, dizia que "o mal, por sua própria natureza má, destruirá a si mesmo. Mas, se o bem não tomar o seu lugar, o mal retornará com outro nome."
Urge que façamos algo. As pessoas boas não podem deixar que o mal se sobressaia!
Gosto muito de Santo Agostinho, do qual compartilho a frase: "A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a
indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a
mudá-las."
"Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor." (Jr 17, 7)
"Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor." (Jr 17, 7)
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