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Deus tem saudades de nós!


Diz a história que um menino era muito amigo do pai… tudo que ele fazia, gostava de fazer junto com o pai. Onde o pai estivesse, ele estava junto. Aonde ele fosse, levava o pai com ele.
Passou o tempo… ele se tornou um adolescente e depois um jovem.
Na sua juventude ele começou a achar que o pai não era o herói que ele imaginava… e, um dia, disse ao pai:
- Pai, já não tá legal ficar contigo. Vou-me embora!
E foi…
Mudou-se para um país distante… arrumou trabalho… posteriormente montou uma empresa, prosperou com ela, e constituiu uma família.
Diz a história que, uma tarde, quando conversava com seu filhinho, o menino o questionou:
- Papai, eu conheço o vovô e a vovó, pais da mamãe, mas não conheço o vovô e vovó que tenho pelo senhor?
Ele respondeu – Minha mãe morreu e eu era muito pequenino…
- Mas e o seu pai? - perguntou o menino.
Aquilo caiu fundo no coração dele. E ele pensou consigo: - Como estará meu velho pai?
E resolveu voltar…
Tomou um avião e retornou para o país onde morava. Tomou um ônibus para a cidade onde pensava que o pai ainda morasse. Ao chegar a cidade onde havia nascido, notou a cidade toda modificada… prédios… grandes avenidas… Aí, então, ficou apreensivo. Nesses mais de 20 anos nunca mandou uma notícia, uma carta, nada. E se o pai tivesse mudado? E se ele não lembrasse da casa de ambos?
Tomou um uber e se dirigiu para o bairro onde morara. As casas estavam todas diferentes… estilos diferentes… cores diferentes…
Na rua onde morara, as pessoas que caminhavam ele não as conhecia… as casas estavam diferentes… nada se parecia como era no tempo em que era apenas um menino.
No entanto, ao chegar em frente a casa onde morara com o pai, nada mudara.
Uma cerquinha baixa de madeira… um gramadinho na frente com uma singela roseira carregada de flores. E a velha bicicleta do pai encostada no muro. A casinha branca, pintada com cal.
Um detalhe lhe chamou a atenção: a porta da sala estava aberta!
Ele pensou consigo: Ele está em casa! Mas, olha que descuidado! Deixou a porta aberta!
E, então ,ele chamou: Pai! Oh pai! Nada. Nenhuma resposta.
Ele abriu o portão, atravessou o gramado e empurrou a porta.
Chamou outra vez. Nada.
Na sala, viu o mesmo sofá de quando era criança, já surrado pelo tempo, coberto pela mesma manta, velha mas limpinha… na parede o quadro com a foto do casamento do pai com a mãe, já bem amarelado pelo tempo… e a velha TV onde assistiu tantos filmes e o futebol do domingo ao lado do pai.
E ele chamou novamente: - Pai, oh pai!
Nada. Nenhuma resposta.
Da sala, então, ele foi para a cozinha. A geladeira no canto, com a mesma imagem de Nossa Senhora Aparecida, em cima dela. No outro canto o fogão, com algumas panelas. A pia ainda era a mesma, toda caraquenta. Em cima da pia o velho filtro de barro que, apesar da geladeira, era de onde seu pai gostava de pegar água para beber. Embaixo da pia o botijão de gás, vestido com a mesma sainha de sempre.

Da cozinha, pela porta entreaberta do quarto, ele pode ver os cabelos branquinhos do pai, que dormia um sono profundo. E, então, ele chamou novamente:
- Pai, oh pai!
O velho pai, de um pulo, saltou da cama, disse com alegria “Filho!”, e o envolveu num abraço!
Depois de mais de 20 anos, ele tinha um mundo de coisas para falar para o pai, mas a única frase que saiu da boca dele foi: 
- Pai, o senhor deixou a porta aberta?!
E o pai respondeu: Filho, desde o dia que você saiu, o pai nunca mais fechou a porta!

Meus amados, esse Pai é Deus! Ele é um Pai para o qual não importa por quais caminhos andamos e quais os locais onde estivemos; Um Pai para o qual não importa os pecados que cometemos e quais são as nossas faltas.
Um Pai para o qual só importa o nosso coração quebrantado, contrito e verdadeiramente arrependido. Esta é a chave para o coração de Deus!
Meu irmão e minha irmã: Deus tem saudades de nós! E está sempre pronto a nos acolher!
Você conhece os caminhos por onde andou, os lugares onde esteve… se você ainda não voltou, me deixe lhe dizer: já é hora de voltar pra casa! O Pai te espera!
Ele nunca fecha a porta para nós!

Graça e Paz!

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