Algum tempo atrás fui visita um amigo.
Depois de muito conversarmos, notei que ele tinha um piano no canto da sala. Comentei com ele que adorava Beethoven e Rachmaninoff e perguntei se ele tocava algo destes compositores clássicos.
Para surpresa minha, ele disse que não sabia tocar nem o "dó-ré-mi"… O piano havia sido da mãe dele… mas ele nunca teve interesse em aprender e tinha-o apenas pelo valor sentimental de ter pertencido à sua mãe.
Ao sair da casa deste meu amigo eu me pus a refletir. Da mesma forma que ter um piano em casa não fez do Fernando um pianista, ir a Igreja não faz de mim um católico autêntico.
São nossas ações e nossas atitudes, amados, que mostram se estamos em Deus, verdadeiramente, e se somos, realmente, novas criaturas em Cristo Jesus.
São Tiago, no capítulo 2 de sua Carta, diz que de nada vale nossa fé se não se transformar em obras.
Não que nossas obras nos salvam. Não! Como escreve Paulo aos efésios, somos salvos mediante a Graça de Deus. Mas as obras, frutos de nossa fé, mostrarão se estamos em Cristo.
Nossas boas obras não nos salvam, mas são a prova de que estamos salvos.
A pessoa que se fez uma com o Cristo tem seu coração voltado para o bem e suas obras traduzem a fé que alega ter.
Santo Agostinho escreveu que “O Deus que te criou sem ti não poderá ter salvar sem ti”. Então, nossa fé, se é cristocêntrica e real, deve ser manifestada por meio da nossa ação no meio do mundo, de nossos comportamentos e do nosso agir.
Estamos vivendo a Semana Santa; a Semana Maior. Nela, meditamos com zelo, coração contrito, profundo respeito e piedosa esperança a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
No entanto, a principal reflexão que tenho feito neste dias é: a vida que eu tenho vivido tem valido a morte que Ele morreu por mim?
O amor de Deus é este amor que nos constrange, como escreve Paulo na segunda carta aos coríntios, capítulo 5. E por isso, é impossível nos entregar pela metade a um Deus que se nos deu por inteiro!
Pela gratuidade do dom da fé, expressado em nossas obras, quando chegarmos no Céu, tudo que precisamos escutar do Cristo é: Valeu a pena! Valeu muito!
Salve Maria! Graça e Paz!
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